Nossas Imagens - Vilém Flusser
O texto "Nossas Imagens", de Vilém Flusser, lido como tarefa da aula do dia 05/07, foi como um complemento à palestra assistida anteriormente, aprofundando as relações entre imagem e escrita. Flusser novamente explica as diferenças entre as linhas escritas e as imagens, tendo sido a primeira criada como forma de explicar a última, quando estas ameaçavam se tornar mais alienantes que orientadoras. Ainda, explica as relações entre ambos tanto originalmente como atualmente (com as tecnoimagens), marcando as distinções quanto à seus papéis antigos e atuais, quando eventos passaram a ocorrer com o propósito de tornarem-se imagens.
Apesar de ser o tema que tive mais dificuldade de compreender, o texto esclareceu muitas de minhas dúvidas. Refletindo sobre as questões feitas na última aula, conclui que:
- Com o aumento dos meios de disseminação de imagens, a tendência é que cada vez mais se intensifique a "alienação", com a consequente redução da existência/análise dos diferentes pontos de vistas?
Com o aumento progressivo das imagens (e tecnoimagens) e das fotografias, a tendência é que o mesmo ocorre com a alienação existente, se intensificando, quando consideradas as redes sociais, que possuem uma dinamicidade que torna o texto "obsoleto", uma vez que os usuários voltam-se, quase que exclusivamente, às imagens.
- É possível, mesmo com a existência da fotografia retornar à realidade anterior, quando havia realidade por trás das imagens? Há como desenvolver pensamentos críticos na realidade atual, mesmo com a disseminação de fotografias e imagens?
Segundo o autor, só é possível o retorno à realidade anterior através da "tecnoimaginação", que se basearia na capacidade de decifrar tecnoimagens, necessária para a emancipação do pensamento e da ação programadas pela tecnoimagem. Portanto, não seria possível desenvolver pensamentos críticos, pois, sem dar o "passo" mencionado acima, não é possível a completa desalienação, que cessasse a desinformação e ignorância.
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