Pesquisa - Fotógrafos

Boa tarde!! Neste trabalho de pesquisa sobre fotógrafos, o meu grupo (eu, Gabriela Lima, Marina Rizzo, Miki Takaesu, Nicolle Salgado e Raquel Motta) optou, pelo tema número 3, portanto, tivemos que analisar os artistas Wilson Baptista, Man Ray e Shinichi Maruyama. 

Após a seleção das nossas fotos preferidas, por meio de votações entre o grupo (visto que as diferentes obras eram mais interessantes para os diferentes gostos), esse foi o resultado:


WILSON BAPTISTA

Sombra (Parque Municipal) – 1936 

A fotografia “Sombra (Parque Municipal)”, de 1936, revela o olhar único de Wilson Baptista, muito caracterizado pelo uso estético do contraste entre luz e sombra. O interessante na imagem que escolhemos é que a captura de Wilson, de acordo com as sombras formadas no chão, faz parecer que há “outro homem” caminhando pelo mesmo percurso, mas em um plano invertido. O uso genial do fotógrafo da sombra faz com que o observador possa enxergar, além do homem real andando pela passagem de pedra do parque, a figura de “um homem de sombra andando por um caminho de sombra”.

Praça Sete de Setembro - 1939

Wilson Baptista foi um fotógrafo importante para a história de Belo Horizonte, uma vez que seu trabalho retrata a evolução da cidade e atribui a ela um olhar afetuoso, poético e nostálgico. Várias de suas fotografias formam uma narrativa histórica de Belo Horizonte e muitas estão focadas na Praça Sete e seus entornos, o que faz desse lugar muito adequado para a exposição. A foto que escolhemos mostra justamente a praça sete vista de cima e é interessante observar as mudanças ao longo dos anos e como na época de Wilson a fotografia passava uma impressão totalmente diferente. Hoje, é um registro nostálgico do passado e evidência da modernização. É possível identificar os trilhos dos bondes, o contorno agradável das árvores e o traçado urbano da cidade que apresentam uma Belo Horizonte menos caótica e ainda dentro da expectativa da cidade planejada.


MAN RAY

Rayograph (The Kiss) - 1922

"The Kiss" é um dos Rayogramas de Man Ray. Rayograma é um técnica fotográfica que não utiliza câmeras; nela, os objetos são colocados diretamente em um papel fotossensível e depois expostos à luz. Para criar esta imagem em particular, Man Ray transferiu a silhueta de um par de mãos para o papel fotográfico e, em seguida, repetiu o procedimento com um par de cabeças. Este método existe tecnicamente desde o início da fotografia, mas Man Ray foi o primeiro a reaproveitá-lo para as belas-artes. Nós escolhemos essa imagem por possuir uma composição interessante e por ter chamado atenção ao causar dúvida em relação a como foi feita.

Le Violon d'Ingres (Ingres's Violin) - 1924

"O Violino de Ingres" foi inspirada em Jean-Auguste Dominique Ingrés. É possível notar esse inspiração pela posição da modelo que remete às suas pinturas e à atração do pintor pela música, representado pela temática do violino. A fotografia mostra Kiki de Montparnasse, cantora, pintora, modelo e amante de Man Ray, sentada de costas com o desenho de aberturas acústicas de violino na região do afinamento da cintura. Esses símbolos foram adicionados a uma primeira fotografia, com lápis e nanquim, e, depois, fotografou-se o todo, dando origem ao resultado final. Essa obra é uma das anunciadoras do movimento surrealista, lembrando que Man Ray foi dadaísta e surrealista. Um último detalhe: o fato de o corpo da mulher ser representado como instrumento de música representa uma tensão entre a objetificação e a apreciação da beleza feminina, porque um instrumento musical só ganha vida quando tocado, ou seja, há uma menção da mulher como algo a ser tocado, mas a fotografia também representa a apreciação do corpo e da silhueta feminina.

SHINICHI MARUYAMA

Nude #12, 2012

A fotografia "Nude #12" faz parte de um compilado de fotos, intitulado "Nude Pole Dancer", ao qual fazem parte imagens de mulheres apenas com saltos altos, fazendo manobras no poste do Pole Dance.

Escolhida devido à sua beleza e peculiaridade, a imagem capturada pelo artista destaca o corpo humano e seu movimento, que nesta fotografia foi criado pela bailarina de saltos brancos. O artista, para conseguir a imagem final, combina 10.000 fotos da dança, juntando momentos individuais ininterruptos e, consequentemente, criando algo diferente do que já existe, que possibilita, segundo Shinichi, a conexão com a percepção humana da presença na vida.


Milford Sound


“Milford Sound”, fotografia produzida por Shinichi Maruyama, apresenta um arco íris traçando uma faixa na cachoeira, destacando então seus formatos, caminhos e as perturbações feitas pela água ao cair. Nela e em outras de suas obras, ele usa o fenômeno da refração e difração de luz (neste caso a luz do sol) para que as formas e cores surjam entre as gotículas de água. Para Shinichi, um corpo de cor que aparece quando é acrescentado luminosidade a uma gota de água lembra algo como uma escultura feita de luz, por isso esse trabalho é chamado Light Sculpture Taki, traduzida como escultura de luz na cascata.


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